O momento culminante da evolução antropológica foi aquele quando surgiu o homem.
Narra uma velha lenda que Deus, após o Seu magnífico feito, voltou à Terra para verificar a própria obra.
Tratava-se de um dia de magnífico verão, em que o Sol iluminava a Natureza na exuberância de suas luzes e cores, perfumes e encantamentos.
Em toda parte, havia beleza e magia, desde a brisa perfumada até os córregos cantantes entre relva abundante e colorida.
Deteve-se na contemplação das cores das aves e dos animais, das florestas e dos montes longínquos, sorrindo ante a variedade de tudo e a maravilhosa música no ar que a tudo embalava.
Subitamente, lembrou-se do ser humano e buscou-o em derredor, indo encontrá-lo trabalhando o solo com um instrumento rude, o semblante marcado pelo cansaço e pelo suor, demonstrando mal-estar e desencanto.
O trabalho produzia-lhe indescritível desgosto, a ponto de escapar-lhe com frequência uma praga.
Deus estava diante de um regato cuja água cristalina escorria suavemente.
Automaticamente Ele tomou de um bolo de barro e, enquanto contemplava o homem revoltado, amassava-o maleável em Suas mãos até dar-se conta de que acabava de moldar uma avezita.
Era delicada e bela. Ele sorriu, abriu-lhe o bico e disse-lhe: – Tu serás a calhandra e cantarás para que a beleza em geral e o ser humano em particular, ao escutarem-te, sintam-se felizes e não permitam que a tristeza e a revolta lhe tomem conta da existência.
Atirou-a no ar e falou com alegria: – Canta!
A partir de então, toda vez que o ser humano se aflige e está a ponto de desequilibrar-se ele se recorda da calhandra e sorri, murmurando uma melodia…
A vida em qualquer expressão em que se apresente é bênção de Deus que não pode ser ignorada.
Sejam quais forem as circunstâncias que dominem um momento, é sempre uma oportunidade de aprendizagem e de evolução.
Valorizar a ocorrência é a missão do homem e da mulher inteligentes na Terra, com o objetivo de fazê-los evoluir, descobrindo tesouros incomparáveis que jazem neles adormecidos.
Vive-se um momento de descompromisso com a vida, e as novas filosofias existenciais proclamam o prazer como única razão para existir.
Toda vez quando algo não sucede como cada qual deseja, logo surge a ideia covarde e cruel do suicídio grosseiro.
Existir significa lutar, conquistar o infinito, inebriar-se de valores grandiosos e de vitórias sucessivas.
Nada se consome no Universo. Ninguém morre. Não te iludas, buscando fugir da realidade corporal e alcançando a espiritual, porque tudo se transforma em infinitas expressões. Assim também a vida.
Viverás após o túmulo e serás feliz ou desventurado conforme hajas escolhido na caminhada física.
Supera o sofrimento e canta!
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 8 de setembro de 2022.
O momento culminante da evolução antropológica foi aquele quando surgiu o homem.
Narra uma velha lenda que Deus, após o Seu magnífico feito, voltou à Terra para verificar a própria obra.
Tratava-se de um dia de magnífico verão, em que o Sol iluminava a Natureza na exuberância de suas luzes e cores, perfumes e encantamentos.
Em toda parte, havia beleza e magia, desde a brisa perfumada até os córregos cantantes entre relva abundante e colorida.
Deteve-se na contemplação das cores das aves e dos animais, das florestas e dos montes longínquos, sorrindo ante a variedade de tudo e a maravilhosa música no ar que a tudo embalava.
Subitamente, lembrou-se do ser humano e buscou-o em derredor, indo encontrá-lo trabalhando o solo com um instrumento rude, o semblante marcado pelo cansaço e pelo suor, demonstrando mal-estar e desencanto.
O trabalho produzia-lhe indescritível desgosto, a ponto de escapar-lhe com frequência uma praga.
Deus estava diante de um regato cuja água cristalina escorria suavemente.
Automaticamente Ele tomou de um bolo de barro e, enquanto contemplava o homem revoltado, amassava-o maleável em Suas mãos até dar-se conta de que acabava de moldar uma avezita.
Era delicada e bela. Ele sorriu, abriu-lhe o bico e disse-lhe: – Tu serás a calhandra e cantarás para que a beleza em geral e o ser humano em particular, ao escutarem-te, sintam-se felizes e não permitam que a tristeza e a revolta lhe tomem conta da existência.
Atirou-a no ar e falou com alegria: – Canta!
A partir de então, toda vez que o ser humano se aflige e está a ponto de desequilibrar-se ele se recorda da calhandra e sorri, murmurando uma melodia…
A vida em qualquer expressão em que se apresente é bênção de Deus que não pode ser ignorada.
Sejam quais forem as circunstâncias que dominem um momento, é sempre uma oportunidade de aprendizagem e de evolução.
Valorizar a ocorrência é a missão do homem e da mulher inteligentes na Terra, com o objetivo de fazê-los evoluir, descobrindo tesouros incomparáveis que jazem neles adormecidos.
Vive-se um momento de descompromisso com a vida, e as novas filosofias existenciais proclamam o prazer como única razão para existir.
Toda vez quando algo não sucede como cada qual deseja, logo surge a ideia covarde e cruel do suicídio grosseiro.
Existir significa lutar, conquistar o infinito, inebriar-se de valores grandiosos e de vitórias sucessivas.
Nada se consome no Universo. Ninguém morre. Não te iludas, buscando fugir da realidade corporal e alcançando a espiritual, porque tudo se transforma em infinitas expressões. Assim também a vida.
Viverás após o túmulo e serás feliz ou desventurado conforme hajas escolhido na caminhada física.
Supera o sofrimento e canta!
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 8 de setembro de 2022.
[...] O que será que motiva tantas pessoas a olharem para o suicídio como uma saída, em uma época que oferece tantas possibilidades ? afinal não é novidade de que nunca houve tanta facilidade em se obter o que se quer como a que temos hoje em dia seria o suicídio então uma questão de escolha entre o viver e o morrer?
Querer morrer não é o mesmo que não querer mais viver. Quando não querer viver só encontra como solução morrer, estamos diante de um desafio. Significa que as possibilidades de sustentar a ligação com a vida diminuíram tanto, a ponto de nada restar, e, por isso,morrer surge como único caminho a seguir. Isto é completamente diferente de afirmarmos que, diante de tantas possibilidades, a pessoa escolheu o suicídio, como se ela pudesse ter escolhido outra direção, livremente, caso quisesse. Não, definitivamente, não é desse modo que nossas escolhas se dão. Por isso torna-se necessário nos aproximarmos um pouco mais do assunto da Escolha, para não corrermos o risco de generalizarmos algo que é de ordem tão singular e para não faltarmos com a caridade diante da dor do outro, que poderia ser a nossa.
Somos espíritos dotados de livre arbítrio mas nenhum de nós é liberto totalmente das marcas da própria história, no sentido de não sofrer nenhuma influência da mesma. [...] O Fato de compreendermos que nada nos acontece por acaso não significa que os nossos problemas sejam planejados previamente, como nos informam os espíritos, quando Kardec pergunta se previmos e buscamos todas as tribulações que experimentamos na vida e eles respondem que “nem todas as coisas”, na verdade, nós escolhemos e previmos somente o gênero das coisas que vão nos acontecer, ou seja, o gênero das provações.
O que vai ser da nossa alçada será o passo que vamos dar a partir do que nos acontece. É neste ponto que o nosso livre arbítrio entra em ação.
[...] Nossas escolhas emergem de como nos apropriamos a nossa história de vida. [...] Cada um de nós tem pedaços doloridos de alma enlaçadas nas almas dos outros. Há histórias de vida que já chegam aqui na terra completamente emaranhadas - umas mais e outras menos-, com a finalidade de libertação. Assim, cada escolha que fazemos não advém das nossas certezas racionais. Elas nascem das crenças que construímos a partir das experiências que compartilhamos uns com os outros.[...] é por isso que o espiritismo nos convidou em dar esforços na busca pelo autoconhecimento, a quem se nossos atos sejam cada vez mais conscientes e, portanto, propiciadora de que nossa semeadura se torne cada vez mais
Há também ações dos outros que não têm mesmo nada a ver conosco. Por exemplo, um pai pode ser muito rígido com seu filho porque aprendeu com sua família a ser assim. A rigidez pode tê-lo ajudado a sobreviver nos tempos difíceis e, portanto, não pôde experienciar a espontaneidade. A rigidez o acompanha em todas as relações e portanto quando se mostra rígido com seu filho não é algo dirigido exatamente para ele.
É preciso estar atento às nossas escolhas, a ponto de descobrirmos a serviço de quê elas se dão, de onde elas vêm e para onde se dirigem. É trabalho diário, que nos convida a reflexões profundas, que dependem do desejo sincero de amadurecer espiritualmente. Porém não estamos sozinhos nessa empreitada. Os espíritos protetores aí estão para nos acompanhar e incentivar, como consta na questão 491 de O Livro dos Espíritos quando Kardec pergunta quanta missão deles e os espíritos respondem que a missão deles é como “A de um pai com relação aos filhos: a de guiar o seu protegido pela senda do bem.”
É bom saber que não estamos sozinhos, mas os passos são nossos. E estes se dão numa dupla condição: tendo indulgência para com outro, entendendo que todos nós somos espíritos em processo de crescimento, e, ao mesmo tempo, tendo compaixão para consigo.
Tratando da questão do suicídio se seria ou não uma escolha, Kardec também pergunta isso na questão 944 de O Livro dos Espíritos, item “a”: “Não é sempre voluntário o suicídio?” e os espíritos respondem que: “o louco que se mata, não sabe o que faz”. Há então Aqueles que tomam este caminho sem consciência plena do mesmo, cabendo a Deus os critérios que atenuem as consequências deste ato. Se não é sempre voluntário, temos então graus de liberdade de ação que não cabe levar em consideração.
Para afirmar que é uma escolha, é preciso cuidado de nossa parte, pois depende do sentido que damos a este termo e ao seu âmbito. No sentido de que todos os atos humanos provêm do uso do livre arbítrio que nos caracteriza o estágio evolutivo, é uma escolha porque, apesar de termos um planejamento reencarnatório, este não nos determina. Nossos projetos espirituais vão se materializar aqui na convivência e portanto estarão sujeitos a toda sorte de possibilidades que viver proporciona. Será nossa responsabilidade resistir ou ceder aos arrastamento das paixões lesivas que ainda nos tocam pois encontram sintonia com os interesses de nossas almas.
Entretanto, se entendermos a escolha como um ato completamente livre de influência do contexto histórico-espiritual de cada um, podemos dizer, nesse caso, que o suicídio não é uma escolha livre, porque ela não é uma possibilidade com a mesma qualidade de convocação que a decisão de viver. Ela não é um chamamento como o mesmo vigor que está vivo requer de cada um de nós. Por isso não somos tão livre gente dessa convocação de deixar na vida quando em profundo sofrimento, nem muito menos quando sabemos que há interesse de desafetos desencarnados que influenciam essa decisão mais do que possamos imaginar.
Porém é importante destacar que essa conjunção negativa não ocorre à deriva. A espiritualidade maior aguarda pacientemente nossa abertura para retomada do caminho saudável quando nos oferecem o caminho de proteção se esforçando para nos influenciar ao bem, nos trazendo o equilíbrio na vida. É assim que o livre-arbítrio acontece. Mesmo de modo restrito somos sempre senhores de nossos passos.. Jamais desaparece a possibilidade de um dia levantarmos os olhos aos céus e pedirmos sinceramente ajudar o nosso pai, que nos aguarda amorosamente, e ele, imediatamente, nos enviará seus mensageiros de luz.
Extraído do livro: Família, Vida e Paz. FEEGO. Goiânia, 2019. Cap. 15.
A vida é o maior presente que recebemos ao nascer, um dom precioso concedido por Deus. Cada instante que vivemos é uma oportunidade única de crescimento, aprendizado e evolução. A valorização da vida passa pelo reconhecimento de sua singularidade e pelo entendimento de que cada pessoa tem um papel fundamental no grande plano da Criação. Viver com alegria é uma escolha que devemos fazer diariamente, pois, ao abraçar a vida com entusiasmo, permitimos que a luz divina brilhe em nós e ilumine o caminho daqueles que nos cercam.
Estamos na Terra com um propósito claro: evoluir espiritualmente e contribuir para o bem comum. Nossa existência não é fruto do acaso, mas parte de um plano maior, onde cada experiência, cada desafio, serve como um degrau em nossa jornada rumo à perfeição. A causa de estarmos aqui está relacionada ao aprendizado contínuo, ao desenvolvimento das virtudes e à superação das nossas fraquezas. E para que estamos aqui? Para sermos úteis, para amar e servir a todos os seres da Natureza, refletindo o amor e a sabedoria do Criador em nossas ações diárias.
O propósito da vida, portanto, é encontrar e viver esse caminho de utilidade e amor. Cada ser humano tem a capacidade de fazer a diferença, seja através de gestos pequenos ou grandes. A nossa utilidade não se restringe ao benefício próprio, mas se expande em direção ao próximo, à Natureza, e a toda a Criação. Ao compreendermos e vivenciarmos esse propósito, encontramos um sentido profundo em nossa existência, e cada dia se torna uma nova oportunidade de sermos melhores, mais amorosos, mais compassivos.
O entusiasmo é essencial nessa jornada. Quando entendemos que “entusiasmo” significa ter Deus dentro de nós, compreendemos que é essa força divina que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo perante as dificuldades. O entusiasmo nos dá a coragem de enfrentar os desafios, a energia para superar os obstáculos e a fé para acreditar que tudo o que vivemos tem um propósito maior. É essa chama divina, esse “sistema de Deus dentro de mim”, que nos mantém firmes e determinados a cumprir nossa missão aqui na Terra.
É preciso lembrar que a vida continua além do plano material. A certeza da imortalidade espiritual nos faz entender que o autoextermínio não resolve os problemas; pelo contrário, prolonga o sofrimento. Viver vale a pena porque cada momento é uma oportunidade de nos aproximarmos de Deus, de crescermos e de ajudarmos os outros a crescerem. O amor é a força que nos guia, e é através dele que encontramos felicidade e paz.
O valor da vida se manifesta em cinco dimensões fundamentais: pessoal, familiar, social, profissional e espiritual. Cada uma dessas facetas interage e se complementa, formando a totalidade da nossa existência.
No aspecto pessoal, a vida nos proporciona a chance de autoconhecimento e crescimento interior.
No âmbito familiar, ela nos ensina sobre o amor incondicional e a importância do apoio mútuo.
Na dimensão social, a vida nos chama a contribuir para o bem-estar da comunidade, cultivando relacionamentos saudáveis e promovendo o bem comum.
No campo profissional, ela nos desafia a aplicar nossos talentos e habilidades em prol do progresso e da realização pessoal.
E espiritualmente, a vida nos conecta ao Divino, revelando nossa verdadeira essência e propósito.
Cada uma dessas áreas confere um valor inestimável à vida, pois é por meio delas que nos tornamos seres completos, capazes de cumprir a missão que nos foi confiada por Deus. Viver, portanto, é um privilégio que deve ser honrado com alegria, propósito e entusiasmo.
Valorize sua vida! Viver vale a pena!
Extraído de: https://www.febnet.org.br/portal/2024/09/02/qual-o-valor-da-vida/